sexta-feira, 30 de setembro de 2016

ENTRADA DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA NO RECINTO DA COMUNIDADE DO REDIL DO BOM PASTOR-28/09/16



Entrada da Imagem de Nossa Senhora no recinto da Comunidade do Redil do Bom Pastor-28/09/2016.José Bonifácio- SP
"Mãe de Deus Rogai por todos nós e a Paz no Mundo"

Vídeo e edição Rivaldo R. Ribeiro(Aldeia Mundus)

domingo, 11 de setembro de 2016

ENCONTRO MARCADO - 11 DE SETEMBRO DE 2016:SÃO LUCAS 15: 1-32



SÃO LUCAS 15: 1-32
(Parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo) 
1.
Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
2.
Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida!

3.
Então lhes propôs a seguinte parábola:
.
PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA
4.
Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?
5.
E depois de encontrá-la, a põe nos ombros, cheio de júbilo,6.e, voltando para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Regozijai-vos comigo, achei a minha ovelha que se havia perdido.
7.
Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
.
PARÁBOLA DA MOEDA PERDIDA
8.
Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas e perdendo uma delas, não acende a lâmpada, varre a casa e a busca diligentemente, até encontrá-la?
9.
E tendo-a encontrado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Regozijai-vos comigo, achei a dracma que tinha perdido.
10.
Digo-vos que haverá júbilo entre os anjos de Deus por um só pecador que se arrependa.
.
PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO 
11.
Disse também: Um homem tinha dois filhos.
12.
O mais moço disse a seu pai: Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca. O pai então repartiu entre eles os haveres.
13.
Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente.
14.
Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria.
15
.Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.
16.
Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
17.
Entrou então em si e refletiu: Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância... e eu, aqui, estou a morrer de fome!
18
.Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti;19.já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados.
20
.Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
21.
O filho lhe disse, então: Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
22.
Mas o pai falou aos servos: Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.
23.
Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa.
24.
Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa.
25
.O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
26.
Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia.
27.
Ele lhe explicou: Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo.
28.
Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele.
29.
Ele, então, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos.
30.
E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo!
31.
Explicou-lhe o pai: Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
32.
Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.

Veja mais vídeo da Diocese de São José do Rio Preto aqui: 
DIOCESE SJRP


Padre converte região da França através do uso da batina.

Levar a Deus todas as almas que seja possível”. O padre Michel Marie Zanotti Sorkine tomou esta frase a sério, e é o seu principal o objetivo como sacerdote.


É o que está a fazer depois de ter transformado uma igreja a ponto de fechar e de ser demolida na paróquia com mais vida de Marselha. O mérito é ainda maior dado que o templo está no bairro com uma enorme presença de muçulmanos numa cidade em que menos de 1% da população é católica praticante.

Foi um músico de sucesso A chave para este sacerdote que antes foi músico de êxito em cabarés de Paris e Montecarlo é a “presença”, tornar Deus presente no mundo de hoje. As portas da sua igreja estão abertas de par em par o dia inteiro e veste de batina porque “todos, cristãos ou não, têm direito a ver um sacerdote fora da igreja”.
Na Missa: de 50 a 700 assistentes O balanço é impressionante. Quando em 2004 chegou à paróquia de S. Vicente de Paulo no centro de Marselha a igreja estava fechada durante a semana e a única missa dominical era celebrada na cripta para apenas 50 pessoas. Segundo o que conta, a primeira coisa que fez foi abrir a igreja todos os dias e celebrar no altar-mor. Agora a igreja fica aberta quase todo o dia e é preciso ir buscar cadeiras para receber todos os fiéis. Mais de 700 todos os domingos, e mais ainda nas grandes festas. Converteu-se num fenômeno de massas não só em Marselha mas em toda a França, com reportagens nos meios de comunicação de todo o país, atraídos pela quantidade de conversões.

Um novo “Cura de Ars” numa Marselha agnóstica
Uma das iniciativas principais do padre Zanotti Sorkine para revitalizar a fé da paróquia e conseguir a afluência de pessoas de todas as idades e condições sociais é a confissão. Antes da abertura do templo às 8h00 da manhã já há gente à espera à porta para poder receber este sacramento ou para pedir conselho a este sacerdote francês.

Os fregueses contam que o padre Michel Marie está boa parte do dia no confessionário, muitas vezes até depois das onze da noite. E se não está lá, anda pelos corredores ou na sacristia consciente da necessidade de que os padres estejam sempre visíveis e próximos, para ir em ajuda de todo aquele que precisa.

A igreja sempre aberta Outra das suas originalidades mais características é a ter a igreja permanentemente aberta. Isto gerou críticas de outros padres da diocese mas ele assegura que a missão da paróquia é “permitir e facilitar o encontro do homem com Deus” e o padre não pode ser um obstáculo para que isso aconteça.

O templo deve favorecer a relação com Deus Numa entrevista a uma televisão disse estar convencido de que “se hoje em dia a igreja não está aberta é porque de certa maneira não temos nada a propor, que tudo o que oferecemos já acabou. No nosso caso em que a igreja está aberta todo o dia, há gente que vem, praticamente nunca tivemos roubos, há gente que reza e garanto que a igreja se transforma em instrumento extraordinário que favorece o encontro entre a alma e Deus”.

Foi a última oportunidade para salvar a paróquia O bispo mandou-o para esta paróquia como último recurso para a salvar, e fê-lo de modo literal quando lhe disse que abrisse as portas. “Há cinco portas sempre abertas e todo o mundo pode ver a beleza da casa de Deus“. 90.000 carros e milhares de transeuntes passam e vêem a igreja aberta e com os padres à vista. Este é o seu método: a presença de Deus e da sua gente no mundo secularizado.

A importância da liturgia e da limpeza E aqui está outro ponto chave para este sacerdote. Assim que tomou posse, com a ajuda de um grupo de leigos renovou a paróquia, limpou-a e deixou-a resplandecente. Para ele este é outro motivo que levou as pessoas a voltarem à igreja: “Como é podemos querer que as pessoas acreditem que Cristo vive num lugar se esse lugar não estiver impecável? É impossível.”
Por isso, as toalhas do altar e do sacrário têm um branco imaculado. “É o pormenor que faz a diferença. Com o trabalho bem feito damos conta do amor que manifestamos às pessoas e às coisas”. De maneira taxativa assegura: ”Estou convicto que quando se entra numa igreja onde não está tudo impecável, é impossível acreditar na presença gloriosa de Jesus”.
A liturgia torna-se o ponto central do seu ministério e muitas pessoas sentiram-se atraídas a esta igreja pela riqueza da Eucaristia. “Esta é a beleza que conduz a Deus“, afirma.
As missas estão sempre cheias e incluem procissões solenes, incenso, cânticos bem cantados… Tudo ao detalhe. “Tenho um cuidado especial com a celebração da Missa para mostrar o significado do sacrifício eucarístico e a realidade da sua Presença”. “A vida espiritual não é concebível sem a adoração do Santíssimo Sacramento e sem um ardente amor a Maria”, por isso introduziu a adoração e o terço diário, rezado por estudantes e jovens.
Os sermões são também muito aguardados e, inclusive, os paroquianos põem-nos online. Há sempre uma referência à conversão, para a salvação do homem. Na sua opinião, a falta desta mensagem na Igreja de hoje “é talvez uma das principais causas de indiferença religiosa que vivemos no mundo contemporâneo”. Acima de tudo clareza na mensagem evangélica. Por isso previne quanto à frase tão gasta de que “vamos todos para o céu”. Para ele esta é uma “música que nos pode enganar”, pois é preciso lutar, a começar pelo padre, para chegar até ao Paraíso.



O padre da batina

Se alguma coisa distingue este sacerdote alto num bairro de maioria muçulmana é a batina, que veste sempre, e o terço nas mãos. Para ele é primordial que o padre ser descoberto pelas pessoas. “Todos os homens, a começar por aquela pessoa que entra numa igreja, tem direito de se encontrar com um sacerdote. O serviço que oferecemos é tão essencial para a salvação que o ver-nos deve ser tangível e eficaz para permitir esse encontro”.

Deste modo, para o padre Michel o sacerdote é sacerdote 24 horas por dia. “O serviço deve ser permanente. Que pensaríamos de um marido que a caminho do escritório de manhã tirasse a aliança?”.

Neste aspecto é muito insistente: “Quanto àqueles que dizem que o traje cria uma distância, é porque não conhecem o coração dos pobres para quem o que se vê diz mais do que o que se diz”.

Por último, lembra um pormenor relevante. Os regimes comunistas a primeira coisa que faziam era eliminar o traje eclesiástico sabendo a importância que tem para a comunicação da fé. “Isto deve fazer pensar a Igreja de França”, acrescenta.

No entanto, a sua missão não se realiza apenas no interior do templo. É uma personalidade conhecida em todo o bairro, também pelos muçulmanos. Toma o café da manhã nos cafés do bairro, aí conversa e com os fiéis e com pessoas que não praticam. Ele chama a isso a sua pequena capela. Assim conseguiu já que muitos vizinhos sejam agora assíduos da paróquia, e tenham convertido esta igreja de São Vicente de Paula numa paróquia totalmente ressuscitada.

Uma vida peculiar: cantor em cabarés A vida do padre Michel Marie foi agitada. Nasceu em 1959 e tem origem russa, italiana e da Córsega. Aos 13 anos perdeu a mãe, o que lhe causou uma “fractura devastadora” que o levou a unir-se ainda mais a Nossa Senhora.

Com um grande talento musical, apagou a perda da mãe com a música. Em 1977 depois de ter sido convidado a tocar no café Paris, de Montecarlo, mudou-se para a capital onde começou a sua carreira de compositor e cantor em cabarés. No entanto, o apelo de Deus foi mais forte e em 1988 entrou na ordem dominicana por devoção a S. Domingos. Esteve com eles quatro anos, e perante o fascínio por S. Maximiliano Kolbe passou pela ordem franciscana, onde permaneceu quatro anos.

Foi em 1999 quando foi ordenado sacerdote para a diocese de Marselha com quase quarenta anos. Além da música, que agora dedica a Deus, também é escritor de êxito, tendo publicado já seis livros, e ainda poeta.

Fontes: http://www.corpuschristi.org.brhttp://fidespress.com/



domingo, 4 de setembro de 2016

VITÓRIA, TU REINARÁS Coral Palestrina de Curitiba


Vitória, Tu reinarás!
Ó cruz, Tu nos salvarás!
.
Nós vamos à Cidade
E lá eu irei sofrer;
Serei crucificado,
Mas hei de reviver!
.
Vocês não são do mundo,
Do mundo os escolhi!
Se o mundo os odeia.
Primeiro odiou a mim!
.
Vocês vão ter no mundo,
Tristezas e aflição,
Mas eu venci o mundo,
Coragem e vencerão!
.
Se o grão, que cai na terra,
Não morre, fica só,
Se morre germina e cresce,
Seu fruto será maior!
.
Pois era necessário
Um só sofrer por todos
E, assim, os separados
Formarem um só Povo.



SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

O mês da Bíblia
Por: Padre Wagner Augusto Portugal


Dentro dos temas propostos pela Mãe Igreja à nossa consideração, o mês de setembro é o mês da Bíblia. Não que devamos ler a Sagrada Escritura somente neste mês. Para tomarmos consciência mais aflorada da importância da leitura e da vivência da Palavra de Deus que é segundo o cântico tão caro a nós: “Lâmpada para os meus pés e luz para os meus caminhos”, somos convidados a uma reflexão mais específica nestes dias que se seguem.

Do ponto de vista institucional, setembro é colocado como o mês da Bíblia em homenagem a São Jerônimo, cuja festa se comemora em 30 de setembro. Todos sabem que São Jerônimo foi um grande apaixonado pelas Sagradas Escrituras e foi o responsável pela sua tradução para o latim, chamada VULGATA. Grande tradutor e exegeta da Bíblia, São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja, nasceu na Dalmácia em 340, e mereceu ser conhecido como escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor, como ninguém nas sagradas escrituras. Entendia que “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora, portanto, ignorar as escrituras é ignorar a Cristo”. Com posse da parte recebida em herança dos pais, realizou sua vocação de amante dos estudos em Roma, e assim conheceu Jesus e recebeu do Santo Padre Libério o Batismo, que o levou a formar uma pequena comunidade religiosa, inclinado pela radicalidade. Viveu uma forte experiência monacal e, logo em seguida, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de são Gregório. São Jerônimo foi ordenado sacerdote e, feito monge, retirou-se para estudos, a fim de responder com a literatura as necessidades da época. Tendo estudado as línguas originais para melhor compreender as Escrituras, a pedido do Santo Padre Dâmaso, traduziu com precisão os textos inspirados. Saiu de Roma e, como monge penitente e estudioso, continuou seus trabalhos bíblicos, até falecer em 420, aos 30 de setembro, com praticamente 80 anos. A Santa Igreja, Mãe e Mestra, declarou São Jerônimo padroeiro dos estudos bíblicos e o Dia da Bíblia foi colocado a 30 de setembro, dia de sua morte e posse da promessa bíblica da Vida Eterna.

Assim, com São Jerônimo, queremos percorrer os dias deste mês, tempo de vida e de flores primaveris, com uma conversão pastoral profunda da leitura e da vivência diária do que nos ensina a Sagrada Escritura. Nesse propósito, ao nos debruçarmos na leitura da Bíblia, desde a majestosa simplicidade da História dos Primórdios nos primeiros capítulos do Gênesis, a vocação de Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado pela figura empolgante de Moisés, e a grande gesta do deserto, das maravilhas de Deus, da Aliança do Sinai; depois, os juízes e os reis, com as figuras inexcedíveis de Davi e Salomão; a divisão do povo em dois reinos - Judá e de Israel; o exílio na Babilônia, a volta e a recomposição; tudo isso iluminado pela Palavra dos profetas, que iam mostrando o sentido das coisas de Deus para além das vicissitudes das guerras e do domínio da terra.

E em tudo cantado louvores e súplicas, e às vezes de dor e contrição, por meio dos Salmos, cuja poesia não é superada por nenhuma poesia humana. Continuando nossa caminhada vem o Novo Testamento, quando Deus, “depois de ter falado mil vezes e de diversos modos aos Pais pelos profetas, falou definitivamente no filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual fez os séculos” (Hb 1,1s). Nada mais sábio nem mais santo do que o livro do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas quatro redações dos sinóticos e de São João, continuando depois como que num eco de vida e de eficácia no Livro dos Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo e de outros apóstolos, terminando com o Apocalipse, que é um cântico de vitória e de esperança.

Nas Sagradas Escrituras, Deus se nos revela através de palavras e de acontecimentos intimamente entrelaçados, de tal sorte que as obras ajudam a manifestar e confirmar os ensinamentos e realidades significadas pelas palavras; e estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido (DV 2/162). Deus se serve de autores humanos, por Ele inspirados e de linguagem humana, e até dos gêneros literários usados em cada época, para nos manifestar a sua verdade. É o que São João Crisóstomo chamou de “Divina Condescendência”. Deus desce até nós e fica perto de nós.

A Sagrada Escritura é viva e eficaz. Por isso, enquanto membros da Igreja, a comunidade dos fiéis é chamada a ser como aquela comunidade que “escuta religiosamente a palavra de Deus, santamente a guarda e fielmente a expõe” (Ibid. 10/176). E, para que realmente possa ser fiel a sua exposição da palavra de Deus ao seu povo, encoraja e oriente uma multidão de estudiosos, de peritos e de exegetas, que nos ajudam a entender bem hoje de livros que foram escritos há tantos séculos e traduzidos e transcritos em infinitas cópias.

Celebrar o Mês da Bíblia há de nos ajudar a nos familiarizarmos sempre mais com o texto sagrado, não só pela leitura que deles se faz na liturgia, mas em nossas leituras e meditações pessoais ou nos círculos Bíblicos e grupos de reflexão que hoje fazem crescer tanto a Igreja, alimentada com a Palavra de Deus. Desta forma, é atual que o espírito de Deus não só inspirou os autores sagrados para que escrevessem os livros, mas continua de algum modo misterioso a inspirar a Igreja e os fiéis, quando lemos esses livros.

Não se lê a Sagrada Escritura apenas por uma curiosidade científica ou para deleite estético. É um falar com Deus. Lembramo-nos de que assim se estabelece colóquio entre Deus e o homem, uma vez que ”a Ele falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (Santo Ambrósio , DV 25/196).

Para 2009, dando seqüência ao primeiro mês da Bíblia celebrado em 1971, inicialmente na Igreja Particular de Belo Horizonte, neste ano o livro proposto é a Carta de São Paulo ao Filipenses, cujo tema é “Alegria de servir no amor e na gratuidade”, e o lema: “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5).

Na alegria, no serviço alegre e doce, queremos iluminar nossa vida pela Sagrada Escritura e, com Jesus, numa conversão profunda, procurar sempre pela Palavra anunciada, refletia e vivida, viver com exuberância os sentimentos do Senhor Jesus.

Boa Leitura dos Evangelhos!


OS FRUTOS DA ORAÇÃO


Ao longo da história humana, muito se tem falado sobre o dom da oração; de fato, não se pode pensar ou falar em Deus sem que tenhamos acesso a Ele, e a oração é um dos meios mais eficazes desse acesso. Porém, como defini-la se já tantos a definiram antes? Realmente, mesmo em meio a tantas definições, cada um que se põe em oração tem sempre uma experiência nova de Deus, pois o modo de ser vivido nesta experiência, divino-humana, ilumina nosso testemunho de fé, aumenta a graça santificante e faz Deus bem presente em meio à contingência que nos atinge.

Daí surge uma pergunta: como fazer para que a nossa oração seja eficaz, isto é, seja profundamente proveitosa? Ou, em outras palavras, seja atendida? A vida humana e suas manifestações é feita de encontros, permanências temporárias e quem sabe eternas. Quando ouvimos do Senhor pérolas como estas: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”. (Jo 15,5.7-8); logo nos convencemos que mais do que pedidos, a oração é a base de toda comunhão perfeita com Deus, que nos criou para vivermos eternamente em sua presença numa convivência para além da finitude de nossa humanidade.

Então, vamos à eficácia e aos frutos de nossa oração. Segundo Santo Tomás de Aquino, “a oração é um desdobramento de nossas necessidades diante de Deus”. Desse modo, quando tratamos da oração pessoal, “as condições para a infalibilidade” dela, são as seguintes: “pedir por si, as coisas necessárias à salvação, piedosamente e com perseverança”.

“Além do aspecto impetratório, isto é, de pedido, diz-se que a oração [pessoal] tem ação meritória e satisfatória, pois nos alcança, respectivamente, o aumento da graça santificante e a expiação de nossas culpas, fazendo-se especialmente necessária: a) quando se cometeu pecado grave; b) quando há perigo de pecar; c) em perigo de morte”. Porquanto, “como observa Santo Tomás de Aquino, a boa oração deve ser humilde, fruto da confiança sobrenatural que é infusa pelo Espírito Santo”.

OS BENEFÍCIOS DA ORAÇÃO DO PAI NOSSO

O Pai nosso é a oração por excelência, mãe e modelo de toda oração, pois ensinada por Jesus, nosso Senhor e Salvador, nos faz participantes da filiação divina diretamente, uma vez que pedimos como filhos muito amados, como afirma São João: “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro”. (1Jo 3,1-3).

Quando se refere ao dom da oração, e o modo como fazê-la, o próprio Jesus nos ensina que a sua prática em si é vontade de Deus para nós; por isso, ele mesmo a praticou perseverantemente para realizar em tudo com sua vida a Vontade do Pai (cf. Lc 6,12-13;9,18-22;9,28-36;11,1-2;22,31-32;22,39-46;23,34.46). São Lucas quando trata do ensinamento de Jesus sobre a perseverança na oração, observa: “Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo”. (Lc 18,1). Ou seja, a oração é necessidade permanente para que tenhamos acesso aos bens eternos e à Fonte desses bens, Deus nosso Pai.

“Em seu Tratado Sobre a Oração do Senhor, São Cipriano observa que “se temos a Cristo como advogado diante do Pai para interceder pelos pecados, apresentemos Suas palavras ao pedirmos perdão de nossas faltas”. E tanto mais confiante se nos apresenta a oração do Senhor ao considerarmos que Cristo mesmo, que nô-la ensinou a orar, a escuta junto ao Pai, cumprindo o que diz o salmo: “Clamará por mim e Eu o ouvirei” (Sl 91,15). Acrescenta ainda São Cipriano que “dirigir-se ao Senhor com suas próprias palavras é fazer uma oração afetuosa, devota e familiar”. Daí dizer-se que ninguém conclui o Pai-nosso sem fruto algum, porquanto, como ensina Santo Agostinho, ele ao menos nos perdoa os pecados veniais”. (Enchiridion, c71; PL 40,265).

Ainda segundo São Cipriano, “Vontade de Deus é a que Cristo praticou e ensinou: humildade na vida, estabilidade na fé, veracidade nas palavras, justiça no agir, misericórdia nas obras, disciplina nos costumes, não saber injuriar, tolerar a injúria recebida, manter a paz com o irmãos, querer a Deus com todo o coração, amando-O como Pai e temendo-O como Deus, absolutamente nada antepor a Cristo, porque Ele também nada antepôs a nós; aderir inseparavelmente à Sua caridade, unir-se à Sua cruz com firmeza e fé, e, quando houver combate por Seu nome e honra, manifestar pela palavra e constância com que o confessamos diante dos juízes, a firmeza do nosso certame. Manifestemos, enfim, na morte, a paciência pela qual somos coroados: isso é ser cordeiro de Cristo, isso é cumprir a vontade do Pai”.

Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFM Conv.

FONTE:
http://brasilfranciscano.blogspot.com.br/